Como aumentar a representatividade feminina na ciência?

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Mulher e ciência
A inserção de mulheres nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) tem sido um tópico de discussão crescente no Brasil e no mundo. Este post explora a importância de iniciativas que visam aumentar a participação feminina na ciência, os desafios enfrentados e as soluções propostas.

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Introdução

A representatividade de mulheres nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) é fundamental para garantir que o desenvolvimento científico e tecnológico seja inclusivo e representativo da sociedade.

Apesar dos avanços das últimas décadas, ainda existe uma notável falta de mulheres em algumas áreas específicas, especialmente nas ciências exatas e engenharia. Vamos explorar as razões e o que pode ser feito para mudar esse cenário.

Silhueta de representatividade feminina na ciência

O histórico da mulher na ciência

Ao longo da história, mulheres fizeram contribuições significativas para a ciência. Desde a antiguidade até os tempos modernos, elas quebraram barreiras e estabeleceram novos padrões em áreas tidas como masculinas.

Vejamos uma linha do tempo com algumas mulheres notáveis e suas realizações científicas no diagrama abaixo:

Diagrama representativo da representatividade feminina na ciência

De forma resumida:

  • 400 a.C. – Hipátia, uma das primeiras mulheres matemáticas registradas, fez contribuições pioneiras em geometria e álgebra;
  • 1561-1626 – Sofia Brahe, irmã do renomado astrônomo Tycho Brahe, realizou observações astronômicas avançadas para a época;
  • 1815-1852 – Ada Lovelace é considerada a primeira programadora, tendo criado o primeiro algoritmo para ser processado por máquina;
  • 1867-1934 – Marie Curie, umas das mentes mais brilhantes de todos os tempos, primeira pessoa a receber dois prêmios Nobel, conduziu pesquisas fundamentais sobre radioatividade, e fez avanços  notáveis nas áreas de física e química;
  • 1964 – Dorothy Hodgkin ganhou o Nobel de Química por seu trabalho em cristalografia de raios-X.
  • 2020 – Donna Strickland se tornou a terceira mulher a ganhar o Nobel de Física, por suas pesquisas em lasers.

Essas mulheres, entre muitas outras, desafiaram as normas de suas épocas e fizeram contribuições significativas para a ciência e a tecnologia.

Desde Hipátia em 400 a.C., que foi uma matemática e astrônoma em Alexandria, até Donna Strickland em 2018, que ganhou o Prêmio Nobel de Física, as mulheres têm sido pioneiras em suas respectivas áreas. Elas enfrentaram adversidades, superaram obstáculos e, finalmente, deixaram sua marca na história da ciência.

Mas se isso é uma verdade, por qual (ou quais) motivos vemos poucas mulheres, comparativamente, ingressarem em áreas científicas e analíticas de STEM? Listamos abaixo algumas possibilidades.

Marie Curie em laboratório

Desafios e barreiras da representatividade feminina na ciência

Diversos fatores dificultam uma maior participação feminina em STEM. Elencamos alguns óbvios porém fundamentais para a compreensão do tema.

Estereótipos criados

Possivelmente o mais relevante dos desafios elencados aqui. Desde criança são cultivados estereótipos comportamentais e emocionais que podem afastar as meninas de interesses em STEM. Com isso, passa a ser mais atrativa a atuação em ambientes onde dela se espera mais aptidão e menos julgamento.

Basta olhar para os “clubes de xadrez” das escolas, repletos de meninos, e escolas de dança repletas de meninas.

Pouco se escuta sobre suas vontades em carreiras analíticas e muito já se deduz, única e exclusivamente com base em seu gênero.

Desencorajam meninas desde cedo a seguir carreiras científicas. Lidar com afirmações como “mulher não sabe programar”, “mulher deveria estudar moda” e outras questões semelhantes podem ser um entrave emocional ao seu desenvolvimento.

Ambiente de trabalho hostil

Em muitos campos de STEM, as mulheres frequentemente enfrentam um ambiente de trabalho que pode ser menos acolhedor ou até mesmo hostil. Isso pode incluir discriminação sutil, assédio ou falta de apoio de colegas e superiores.

Falta de oportunidades de avanço

Em muitas organizações e instituições, as mulheres enfrentam barreiras para avançar em suas carreiras.

Desafios de conciliação

A falta de políticas de trabalho flexíveis e apoio à maternidade pode tornar desafiador para as mulheres equilibrarem carreira e vida pessoal, especialmente se planejam ter filhos.

Viés inconsciente

Mesmo quando não há preconceito explícito, o viés inconsciente pode influenciar decisões de contratação, promoção e avaliação, muitas vezes em detrimento de mulheres.

Falta de representatividade no ambiente acadêmico

É uma bola de neve. Poucas mulheres estão cursando STEM, poucas se sentem representadas. Dessa forma, a roda continua girando neste sentido por tempo indeterminado.

Expectativas Socioculturais

Em muitas culturas, ainda existem expectativas tradicionais sobre os papéis de gênero, que podem desencorajar as mulheres de entrar em campos percebidos como “masculinos”.

Soluções para aumentar a representatividade feminina na ciência

Duas meninas na ciência

A representatividade feminina nas áreas de ciência e tecnologia é fundamental para garantir um desenvolvimento mais inclusivo e diversificado.

Embora tenhamos visto progresso nos últimos anos, ainda há muito a ser feito para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades e reconhecimento que os homens nessas áreas.

Abaixo estão sete maneiras de incentivar e inserir mulheres no ambiente científico e tecnológico.

Programas de incentivo

Diversas iniciativas podem ser praticadas para induzir o aumento de mulheres nas carreiras de STEM.

O intuito de programas com esse objetivo é de não apenas aumentar a representatividade feminina, mas também quebrar barreiras e estereótipos.

Por exemplo: concursos e feiras científicas voltados à mulheres e jovens meninas ou até mesmo palestras e cursos específicos lecionados por outras mulheres da área científica podem incentivá-las a seguir essa carreira.

Educação e conscientização

Educar professores, pais e alunos sobre a importância da representatividade feminina em STEM é crucial. Workshops e debates acadêmicos e escolares podem ajudar a mudar a percepção e encorajar mais meninas a se interessarem por STEM.

Mentorias

Conectar jovens mulheres com profissionais já estabelecidas na área pode ser uma maneira poderosa de inspirar e orientar a próxima geração.

Através de programas de mentoria, as jovens podem receber conselhos, aprender com as experiências de suas mentoras e ter uma visão mais clara de suas possíveis trajetórias de carreira.

Clubes e grupos

Criar ou apoiar clubes de ciência e tecnologia voltados para meninas nas escolas pode fornecer um espaço seguro e encorajador para elas explorarem seus interesses.

Estes clubes podem realizar atividades práticas, discussões e projetos que destaquem o papel das mulheres na ciência.

Clubes de matemática, de programação, de xadrez, de games eletrônicos etc. podem ser exemplos para inserir meninas no universo da ciência analítica.

Recursos educativos voltados às mulheres

Disponibilizar materiais e cursos que destaquem as conquistas das mulheres na ciência pode ajudar a inspirar meninas e jovens mulheres.

Estes recursos podem incluir livros, vídeos, games, cursos online e mais, todos focados nas contribuições inestimáveis das mulheres para a ciência e tecnologia.

Treinamentos e experiências práticas

Poucas coisas podem ser mais estimulantes do que a prática da ciência. Meninas que se inserem em laboratórios de física ou química podem se interessar pelas atividades e construir uma paixão pela ciência.

Bolsas de Estudo

Estabelecer ou promover bolsas específicas para mulheres em cursos de ciências exatas pode ajudar a nivelar o campo de jogo.

Estas bolsas podem fornecer o suporte financeiro necessário para que mais mulheres possam prosseguir suas paixões e carreiras em STEM.

Campanhas de Sensibilização

Lançar campanhas de sensibilização que destaquem a importância das mulheres na ciência e tecnologia pode ajudar a mudar percepções e quebrar estereótipos.

Além disso, apresentar mulheres vencedoras de prêmios e importantes figuras das áreas STEM. Estas campanhas podem ser veiculadas em escolas, universidades e mídias sociais.

Parcerias com Empresas

Estabelecer parcerias com empresas do setor tecnológico e científico para criar programas de estágio ou treinamento específicos para mulheres pode proporcionar oportunidades valiosas.

Estas parcerias podem ajudar as mulheres a ganhar experiência prática, networking e, eventualmente, posições de emprego.

Ao implementar e apoiar iniciativas como estas, podemos esperar um futuro onde as mulheres não apenas participem, mas também liderem e inovem nas áreas de ciência e tecnologia.

Como poderá ser o futuro da mulher na ciência

Três jovens meninas em ciência

A participação de mulheres em STEM não é apenas uma questão de igualdade, mas também de garantir que a ciência e tecnologia reflitam toda a sociedade.

Globalmente, há uma grande disparidade de gênero nessas áreas, contribuindo para desigualdades.

No Brasil, apesar de número semelhante de estudantes mulheres, poucas escolhem carreiras de STEM, como ciência da computação, engenharias ou exatas puras, como química, física, matemática e estatística.

O advento de novas tecnologias como inteligência artificial tem o potencial de empoderar mulheres em STEM, por meio de ferramentas para combater vieses e oferecer flexibilidade.

Redes sociais também permitem a formação de comunidades de apoio. Porém, desafios como viés algorítmico e exclusão digital precisam ser encarados.

Ao promover maior inclusão e educação em STEM, poderemos ter no futuro mais mulheres representadas e liderando a inovação científica e tecnológica.

Inteligência Artificial: uma ferramenta de igualdade?

A IA tem o potencial de ser uma grande equalizadora. Com ferramentas de aprendizado de máquina e análise de dados, podemos identificar e combater preconceitos inconscientes que podem estar impedindo as mulheres de avançar em campos científicos e tecnológicos.

Além disso, a IA pode ser usada para desenvolver soluções educacionais personalizadas, incentivando meninas desde cedo a se interessarem por STEM.

Ela é interessante e pode ser divertida, caso utilizada da maneira correta e isto a torna uma excelente porta de entrada para jovens que queiram se aventurar em ciência e tecnologia.

É preciso, entretanto, destacar que a IA deva ser utilizada com coerência. Muito está sendo estudado no combate de incosistências e mau usos. A mesma IA que pode ajudar a combater preconceitos também pode perpetuá-los se não for treinada corretamente.

Além disso, enquanto novas tecnologias oferecem oportunidades, elas também podem ampliar a lacuna digital se o acesso não for igual para todos.

Novas tecnologias e flexibilidade no trabalho

Com o advento de tecnologias como realidade virtual e aumentada, as oportunidades para educação remota e treinamento em STEM estão se expandindo.

Isso pode ser particularmente benéfico para mulheres, que muitas vezes equilibram carreiras com responsabilidades familiares, oferecendo mais flexibilidade e permitindo o acesso a recursos e treinamento de qualquer lugar.

A era digital também tem o potencial de viver o surgimento de comunidades online dedicadas a apoiar e promover mulheres em STEM.

Essas redes podem oferecer um espaço para mulheres compartilharem experiências, buscarem mentoria e colaborarem em projetos, criando um ambiente de apoio focado a elas.

Conclusão

A representatividade feminina em STEM é crucial para o progresso e inovação.

Enquanto ainda há desafios a serem superados, o futuro é promissor graças às diversas iniciativas em andamento. Ao continuar a promover a educação e a inclusão em STEM, podemos esperar um futuro onde meninas e mulheres são tão representadas quanto os homens nessas áreas cruciais.

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