Introdução
Este post aborda a possibilidade do “Estudo por Pares” (ou “Aprendizagem entre Pares” ou, ainda, “Aprendizagem por Pares”), que é o estímulo de estudo com parceiros e colegas, baseado em uma metodologia especial.
A Elune é uma plataforma que cresceu auxiliando alunos com o ensino particular e a proximidade professor-aluno. Mas é preciso conhecer as diferentes possibilidades do universo da educação, pois o que pode ser eficiente, mágico e libertador para uns, pode não ser para outros.
Quer saber como ela funciona e seus benefícios? Continue conosco!
Vantagens de Estudar em Grupo
Ainda sem entrar no mérito da Aprendizagem por Pares, é importante destacar que quando estudantes trabalham juntos, eles podem também desenvolver habilidades interpessoais essenciais.
Isso é verdade para estudo em grupos e com colegas que possam ampliar o conhecimento e reduzir ansiedade de alunos que se encontram com baixa autoestima, ansiosos e com problemas de aprendizagem. Vamos ver algumas dessas habilidades:
1. Interação social
Ao se comunicar e ouvir os colegas, os jovens aprendem a dialogar com empatia e resolver problemas em equipe.
Passam a perceber que suas dúvidas não são únicas e que é comum você tê-las, de forma a simplificar um processo natural de perguntar ao professor ou procurar um material de estudo específico.
2. Perspectivas múltiplas
Cada aluno traz uma bagagem única. A diversidade enriquece e completa a experiência de aprender.
Estar em contato com colegas diferentes auxilia, portanto, em seu comportamento e na forma com que interage com a disciplina e o conhecimento.
3. Reforço do aprendizado
Aqui entra nossa primeira porta de acesso à Aprendizagem por Pares: explicar um conceito para o colega faz o conhecimento ficar mais sólido na própria mente.
A neurociência explica que o aprendizado é mais fácil quando é reforçado por diferentes canais.
Para além dos benefícios psicológicos que ambientes de ensino que fomentam a interação entre colegas, em grupos, estamos tratando obviamente de um treinamento para a vida.
Ambientes de trabalho funcionam dessa forma. Incentivar alunos a trabalharem em conjunto também os motiva a melhorar diversas habilidades de comunicação, empatia, liderança e outras.
Grupos de trabalho são etapas importantes na formação de estudantes, sejam eles crianças, adolescentes ou graduandos.
Isto posto, vamos adentrar na metodologia proposta por este post. Nossa inspiração foi um vídeo podcast da Easy Ed Tech, com a professora Kristen Brooks, especialista na Aprendizagem por Pares.
A Aprendizagem por Pares
De forma resumida, a aprendizagem por pares é uma abordagem pedagógica que envolve dois ou mais alunos trabalhando juntos para resolver um problema, completar uma tarefa ou aprender um conceito.
Kristen destaca que durante seus anos de educadora, notou que alguns alunos podem dar mais valor ao feedback de seus colegas do que ao feedback do próprio professor.
Portanto, nesses casos, é importante que alguns procedimentos sejam explicados para que os alunos sejam orientados para maneiras e técnicas de ajuda a outros colegas.
No podcast em questão, Kristen também compartilha sua experiência com ferramentas tecnológicas, como Microsoft Flip e Adobe Express, e a importância de escutar os alunos. Ela sugere que os educadores incentivem os alunos a elogiar e dar sugestões de melhoria.
Ao estabelecer essa conexão entre colegas de diferentes idades, ela fomenta o foco e o interesse em “se especializar” no conteúdo, para que ele não seja passado “errado” para os colegas mais novos.
Vamos analisar alguns dos benefícios levantados por essa metodologia, além de todas que já citamos para estudos em grupos,.
1. Autonomia
Estudar em pares incentiva a proatividade e a responsabilidade no processo de aprendizagem, pois os estudantes precisam organizar suas rotinas de estudo para ajudar os mais novos.
2. Autoestima
Ao contribuir com o aprendizado de um colega, o estudante percebe o valor do seu próprio conhecimento, o que pode impulsionar sua confiança.
3. Responsabilidade coletiva
Estudantes aprendem a valorizar as contribuições individuais e percebem que o sucesso do grupo depende da participação de todos. Eles se responsabilizam pelo sucesso do colega e isso cria um senso de responsabilidade único.
4. Fomenta o Ensino
Jovens podem simplesmente ficar maravilhados com processos de ensino e acadêmicos, com a uma experiência positiva em suas fazes iniciais da vida.
Kristen encontrou exemplos de crianças que diziam sonhar em serem professores para ajudar o máximo número de pessoas no futuro. O caminho para a ciência e o universo acadêmico depende deste interesse e paixão.
Algumas estratégias para implementar a Aprendizagem por Pares
1. Grupos de estudo
Estudantes podem se reunir regularmente para revisar conteúdos e discutir temas, seja em grupos maiores no início, seja já promovendo a aprendizagem por pares.
2. Projetos em equipe
Estes projetos ensinam os estudantes a dividir responsabilidades e a trabalhar juntos para alcançar um objetivo comum. As tarefas podem ser por eles mesmos divididas, de forma a trabalhar sua capacidade de síntese, ou promovida por um professor, inicialmente.
3. Avaliação entre os Pares:
Os alunos avaliam o trabalho uns dos outros, oferecendo feedback construtivo e corrigindo erros.
4. Discussões orientadas
Professores podem criar tópicos para discussão, incentivando a troca de ideias e a reflexão crítica entre os estudantes e colocá-los a discutir cada uma dessas questões.
5. Sessões intensivas
Sessões de estudo mais longas focadas em um tema específico podem ajudar os estudantes a podem mergulhar profundamente em um assunto. O debate deste assunto faz parte do aprendizado em grupos.
O Papel Fundamental dos Professores
Os professores têm um papel crucial em facilitar a aprendizagem conjunta e em pares, dando recursos e orientações para tornar a experiência produtiva.
Embora possa parecer que o papel do professor seja minimizado num cenário de Aprendizagem por Pares, é exatamente o oposto.
O educador desempenha um papel crucial na facilitação, orientação e maximização da eficácia da metodologia.
Primeiramente, cabe ao professor criar um ambiente propício para a aprendizagem colaborativa. Isso envolve não apenas a organização física da sala de aula, mas também a construção de uma cultura de respeito mútuo, escuta ativa e comunicação aberta.
Ele deve estabelecer regras claras para a interação, garantindo que todos os alunos se sintam seguros e valorizados em suas contribuições.
Além disso, o professor deve planejar atividades que sejam apropriadas para esse tipo de aprendizagem. Isso significa escolher tarefas que sejam desafiadoras o suficiente para exigir colaboração, mas não tão difíceis que se tornem frustrantes.
O educador deve considerar as habilidades e conhecimentos prévios dos alunos ao criar essas atividades, garantindo que todos tenham a oportunidade de contribuir e aprender.
Outro aspecto crucial do papel do professor na aprendizagem por pares é a facilitação.
Durante as atividades, o educador deve circular pela sala, ouvindo as discussões dos alunos e fazendo perguntas que os levem a pensar criticamente sobre o tema em questão.
Em vez de fornecer respostas diretas, o professor deve guiar os alunos a descobrirem as soluções por si mesmos, promovendo a autonomia.
Por fim, é essencial que os professores se envolvam em sua própria aprendizagem contínua sobre as melhores práticas de ensino colaborativo.
Isso pode envolver a participação em formações profissionais, a leitura de pesquisas atualizadas ou a observação de colegas.
Ao se comprometerem com sua própria educação, os professores estarão melhor equipados para apoiar seus alunos na aprendizagem por pares.
O Futuro do Aprendizado Colaborativo
É óbvio que o ensino individualizado tem um enorme poder para alavancar a aprendizagem de alunos que se encontram em dois estágios claros: ou estão muito adiante de colegas e precisam avançar para além do ritmo natural da sua turma (para o caso de especialização em um conteúdo específico, por exemplo), ou necessitam de reforço pois se encontram com dificuldades.
Neste último caso, é comum que o aluno sinta vergonha e outras questões emocionais que são difíceis de serem resolvidas em sala de aula ou com colegas.
No entanto, o ensino colaborativo, com sua ênfase na interação e cooperação entre os alunos, apresenta-se como uma solução promissora para o futuro da educação.
À medida que o mundo se torna cada vez mais interconectado, a capacidade de trabalhar em equipe e resolver problemas coletivamente torna-se uma habilidade indispensável.
O ensino colaborativo não apenas promove essa habilidade, mas também ajuda os alunos a desenvolverem empatia, respeito mútuo e uma compreensão mais profunda das perspectivas dos outros.
A tecnologia desempenha um papel crucial nessa evolução. Plataformas de aprendizado online, aplicativos interativos e ferramentas de comunicação virtual estão tornando mais fácil do que nunca para os alunos colaborarem, independentemente de sua localização geográfica.
Isso significa que um aluno no Brasil pode facilmente trabalhar em um projeto com um colega na Índia, por exemplo, compartilhando ideias, culturas e perspectivas, enriquecendo assim sua experiência de aprendizado.
Conclusão
Estudar em conjunto não é só uma técnica, mas uma abordagem que prepara os jovens para um mundo interconectado.
Eles reforçam o conhecimento e também desenvolvem habilidades sociais e de trabalho em equipe. Em um cenário educacional onde a colaboração é fundamental, incentivar esse tipo de aprendizado é um passo na direção certa.
Além disso, a metodologia possibilita que sejam trabalhadas questões emocionais, cognitivas e habilidades interpessoais, fundamentais para os indivíduos em formação acadêmica.
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