Introdução
Você certamente já notou o acelerado processo de revolução tecnológica que está acontecendo atualmente. Novas linguagens de Inteligência Artificial como o ChatGPT, que utiliza redes neurais, Internet das Coisas (IoT) com protocolos como o MQTT, Aprendizado de Máquina imersivo com realidade virtual aumentada… São tantas novidades, siglas e termos que você pode estar enlouquecendo, né?
Mas estamos aqui para desmistificar estes termos para você e atualizar sobre o que está rolando e o que provavelmente acontecerá nos próximos anos. O que podemos esperar da ciência e da tecnologia? Bom, uma coisa é certa: o aprendizado imersivo ganhou proporções monumentais em 2023 e é bem provável que tenhamos ainda mais coisas a ver sobre isso.
Vamos dar uma olhada nisso juntos?
O que é aprendizado imersivo?
O aprendizado imersivo representa uma mudança revolucionária na forma como os alunos interagem com o conhecimento. Em vez de apenas receber informações de forma passiva sentado em uma cadeira, o aluno é transportado para dentro de ambientes educacionais interativos.
É como se, ao colocar um óculos (ou um headset) de realidade virtual e aumentada, o aluno pudesse mergulhar dentro das matérias de estudo.
Ele pode caminhar pelo interior de uma célula, observar de perto uma erupção vulcânica, explorar uma floresta tropical ou participar de eventos históricos emblemáticos.
Tecnologias como realidade virtual e aumentada, sala de aula holográfica e dispositivos táteis e vestíveis transformam o aprendizado em uma experiência multissensorial. O aluno não só lê ou ouve sobre os assuntos, mas interage com eles, criando conexões neurais mais profundas!
Pesquisas na neurociência já mostraram que nossa memória e engajamento aumentam muito quando temos experiências multi-sensoriais. O aprendizado imersivo tira proveito disso, tornando o conhecimento mais atraente, significativo e memorável.
E as possibilidades não param por aí. Ao longo da leitura deste post você vai perceber que o aprendizado imersivo será ampliado pela inteligência artificial, permitindo simulações hiper-realistas e personalizadas. A educação do futuro será tão empolgante quanto os melhores videogames – só que com conteúdo didático de qualidade!
As tecnologias que transformarão a educação
A Internet das Coisas (IoT) é uma grande aliada do aprendizado imersivo e percebeu enorme crescimento em 2023 e será, certamente, uma incrível novidade para o ano que vem e os próximos. Sensores corporais, dispositivos vestíveis (ou wearebles), equipamentos com visão computacional, assistentes de voz e muitos outros gadgets conectados estão saindo dos laboratórios e invadindo as salas de aula no mundo todo.
Esses dispositivos podem coletar uma quantidade massiva de dados em tempo real sobre cada aluno, desde o nível de atenção e estresse até o progresso na resolução de problemas e domínio de conceitos.
Por exemplo: relógios inteligentes podem monitorar as reações fisiológicas dos alunos durante uma aula para verificar o engajamento. Microfones de alta precisão poderão captar perguntas e dúvidas específicas dos alunos para o professor.
Softwares de visão computacional aliados a câmeras poderão rastrear o movimento dos alunos durante uma atividade prática e dar feedback personalizado. As possibilidades são infinitas!
Todos esses dados serão usados para oferecer uma experiência verdadeiramente adaptativa, personalizando o aprendizado para o nível e estilo de cada estudante. É uma mudança disruptiva na relação entre alunos e professores.
Portanto, prepare-se para uma onda de tecnologias que vai redesenhar a cara das escolas, universidades e todos os espaços educacionais. O futuro chegou para a educação e ele é fascinante!
Feedback em tempo real
Uma das maiores vantagens da Internet das Coisas é a capacidade de fornecer feedback instantâneo para professores e alunos, o que pode revolucionar a metodologia de ensino.
Por exemplo, pulseiras com sensores biometria podem detectar quedas nos níveis de atenção dos alunos e enviar alertas silenciosos para o professor, indicando quando é hora de mudar de abordagem ou conteúdo para reconectar a turma.
Do lado dos estudantes, dispositivos vestíveis inteligentes poderão dar feedback discreto sobre postura, hidratação, níveis de fadiga e estresse durante as aulas, guiando os alunos para hábitos mais produtivos.
Para os educadores, painéis com métricas em tempo real sobre o engajamento da turma permitem que eles adaptem aulas e avaliações com base nos dados, tornando o aprendizado mais eficiente e focado nas necessidades específicas dos estudantes.
Essa malha de feedback contínuo, bilateral e personalizado promete revolucionar a experiência de ensinar e aprender. Dados concretos guiando a educação para novas fronteiras de produtividade e eficiência de aprendizagem. O futuro chegou!
Segurança dos dados é crucial
É claro que toda essa conectividade e coleta de dados suscita também preocupações legítimas com relação à segurança e privacidade.
Ao adotar gadgets e tecnologias de ponta, as instituições educacionais precisarão estar atentas a proteger informações sensíveis e dados pessoais de professores e alunos.
Isso envolve utilizar hardwares e softwares seguros, criptografia de dados, autenticação multifator, monitoramento contínuo contra ameaças, e também políticas rígidas de governança.
Além disso, é fundamental haver transparência sobre quais dados estão sendo coletados e como serão utilizados, dando voz a alunos e responsáveis para garantir que a privacidade seja respeitada.
Portanto, ao dar esses passos rumo a um futuro hiperconectado, as escolas devem avançar com responsabilidade, considerando não só os benefícios educacionais, mas também os riscos potenciais de segurança e violação de privacidade dos alunos.
Alguns exemplos do que esperar para os próximos anos
Algumas das referências que listamos neste post sugerem que não será coisa de cinema nos depararmos com alguns dos seguintes dispositivos, num futuro muito próximo. Alguns, inclusive, já são comercializados.
1. Óculos de Realidade Aumentada (AR) Avançados:
A Apple lançou um novo óculos de realidade aumentada em 2023 e isso tem o poder de virar tendência às outras gigantes tecnológicas. Dispositivos mais leves, com maior autonomia de bateria e capazes de sobrepor informações digitais ao mundo real de forma mais integrada e interativa.
2. Luvas Hápticas com Feedback Tátil:
Essas luvas já estão permitindo que os usuários sintam texturas e resistências de objetos virtuais. Espera-se que 2024 seja um ano em que a experiência de aprendizado prático em ambientes virtuais seja melhorada com elas.
3.Ambientes de Realidade Virtual (VR) Completamente Imersivos:
Salas equipadas com sensores e dispositivos que proporcionam uma experiência de imersão total, simulando ambientes reais para treinamento e educação.
4. Plataformas de Aprendizado Adaptativo com IoT
Sistemas que se ajustam automaticamente ao ritmo e estilo de aprendizado do usuário, utilizando dados coletados por dispositivos IoT para personalizar o conteúdo educacional.
5. Assistentes de Voz Inteligentes para Educação:
Dispositivos IoT que utilizam inteligência artificial para fornecer assistência personalizada, esclarecendo dúvidas e oferecendo recursos educacionais sob demanda.
6. Laboratórios Virtuais com Simulação de Experimentos:
Dispositivos que permitem a realização de experimentos científicos em ambientes virtuais controlados, proporcionando experiências práticas sem riscos associados a laboratórios reais.
Conclusão
O céu é o limite no aprendizado imersivo. As possibilidades do aprendizado imersivo combinado à Internet das Coisas são infinitas.
Para o futuro, podemos esperar salas de aula verdadeiramente inteligentes. Entretanto, salientamos preocupações legítimas quanto à segurança de dados e a popularização dessas tecnologias.
Ou seja: o quanto ela tenderá aumentar a distância entre indivíduos que as poderão utilizar, daqueles que se encontram às margens econômicas da sociedade?
Ainda há muita inovação pela frente. O aprendizado imersivo, amparado pela Internet das Coisas, promete uma experiência educacional altamente dinâmica, personalizada e divertida.
O que acham que veremos em breve nas salas de aula?
Você pode aprofundar um pouco mais a leitura nestes artigos abaixo:
- Silva, I. C.; Hummel, E. I.; Yanaze, L. K. H. (2023). A utilização do ambiente imersivo de realidade virtual no ensino de matemática para estudantes com TEA. Revista Sergipana de Matemática e Educação Matemática. Download do PDF aqui.
- BEDU.TECH. Como a Internet das Coisas melhora o aprendizado. 28 abr. 2022. Disponível em: https://bedu.tech/en/iot-na-educacao-como-a-internet-das-coisas-melhora-o-aprendizado/.
- PRINCE TORRES, Ángel Carmelo. El aprendizaje inmersivo como alternativa educativa en contextos de emergencia. Podium, [S.l.], n. 42, p. 19-38, dez. 2022. ISSN 2588-0969. Disponível em: http://scielo.senescyt.gob.ec/pdf/podium/n42/2588-0969-podium-42-19.pdf. doi:10.31095/podium.2022.42.2.