Introdução
Você provavelmente escutou sobre os conflitos entre Palestina e Israel nas últimas semanas. Isso porque é uma guerra de muitos anos, e teve novos capítulos recentemente. E com certeza você não é o único ligado no assunto: os vestibulares também estão de olho no desenrolar da história.
Dessa forma, é essencial se antenar sobre o que está acontecendo nas regiões do Oriente Médio. Certamente, aprender sobre o tema não é tarefa fácil.
Por esse motivo, pensando em te ajudar no Enem e outras provas deste ano, a Elune vai destacar os principais aspectos que você precisa saber sobre os conflitos entre Palestina e Israel. Isso pode te ajudar tanto na prova objetiva, quanto na redação, através de alusões para enriquecê-la e garantir a sua redação nota 1000.
Além disso, iremos te presentear com algumas questões que os vestibulares abordaram sobre o tema ao longo dos anos.
Então separa um espaço no seu cronograma de estudos e se liga na história:
O que são os conflitos entre Palestina e Israel?
Marcados por brigas por posse de terra, perseguição e dominação, os conflitos entre Palestina e Israel já duram há mais de 100 anos.
Vamos entender o que de principal aconteceu nesse tempo:
#1 Expulsão dos judeus e criação da Palestina
Aqui estamos no ano zero, no nascimento de Jesus.
O Reino de Israel, onde os judeus habitavam, era dominado pelo Império Romano. No entanto, no ano 70 d.C, os judeus se rebelaram contra o Império, o que ocasionou em uma guerra no qual o povo de Israel foi derrotado e expulso.
No ano de 130 d.C, os judeus tentaram novamente retomar ao território, sendo novamente expulso pelo Império Romano. Com isso, o imperador Adriano batizou o local de Palestina, em uma clara afronta aos israelenses, já que o nome fazia apologia a um dos seus maiores inimigos, os filisteus.
Com isso, ao longo dos séculos, o povo ficou sendo conhecido como palestino. Ao contrário do que muitos acham, existem palestinos de diferentes religiões: muçulmanos (seguidores do Islamismo), cristãos e até alguns judeus que ainda ficaram pelo local após a expulsão.
Algum tempo depois, o Império Romano caiu por terra e a região passou por muitos domínios.
#2 Nascimento do Estado de Israel e o sionismo
Já em meados do século XIX, após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu o nascimento do movimento sionista. Esse defendia a criação de um Estado que seria lar para todos os judeus, que haviam se espalhado mundo afora após a expulsão pelos romanos.
E esse Estado deveria ser criado, segundo eles, justamente na Palestina! Isso por conta da religião judaica, que afirmava que o território era pertencente daquele povo.
Devido ao cenário mundial da época e os acontecimentos prévios, o nascimento de um Estado judeu foi fortemente apoiado pela comunidade internacional, uma vez que o Holocausto nazista intensificou a perseguição e dizimou o povo judeu.
#3 Divisão da Palestina pela ONU
No ano de 1947, a ONU dividiu o território palestino: 55% para os judeus, 45% para os árabes. Os primeiros aceitaram a resolução, mas os países árabes não gostaram muito. Isso elevou a questão de magnitude local para regional.
Isso porque, apesar de parecer uma medida a fim de cessar o confronto, o povo árabe que residia na Palestina era de 1,3 milhão, enquanto os judeus, 600 mil. Ou seja, os árabes eram mais numerosos que os judeus e receberam menor porcentagem de terra, logo, viram a medida como “roubo de território”.
Evidentemente, a resolução acabou por perpetuar os conflitos entre Palestina e Israel.
#4 Guerra dos seis dias e ocupação de novos territórios
O combate árabe-israelense seguia a todo vapor, com ofensivas dos países árabes contra Israel.
Em 1967, com a justificativa de que se tratava de um ataque preventivo, Israel expandiu seu território anexando novas regiões pertencentes aos árabes: Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e Colinas de Golã.
Os países árabes enxergaram a ofensiva como um ataque infundado, baseado em mentiras de Israel com fins de ocupação de seu território.
A guerra, chamada de Guerra dos Seis Dias, Guerra de Junho ou Terceira Guerra árabe-israelense se dividiu em Egito, Síria e Jordânia contra Israel, que contava com o apoio militar dos Estados Unidos.
Além dessa guerra de maior destaque, houveram outras 3:
- Primeira guerra árabe-israelense (1948)
- Guerra do Suez (1956)
- Guerra de Yom Kippur (1973)
#5 Questões que perduram
Após anos de conflitos entre Palestina e Israel, algumas diferenças parecem longe de uma solução. Veja algumas delas:
Jerusalém – o local é visto como santo para ambos os povos. Ao passo que os palestinos reivindicam a região cedendo acesso aos lugares sacros aos judeus, estes, por sua vez, pleiteiam a cidade inteira, afirmando que Jerusalém é sua eterna e indivisível capital.
Fronteiras – os palestinos solicitam a retomada das fronteiras originais, repartidas pela ONU e anteriores a anexação de regiões por parte de Israel em 1967 – o que inclui a cidade de Jerusalém.
Refugiados – não são poucos os palestinos que vivem nos campos de refugiados em territórios como Cisjordânia, Gaza e Síria. Estima-se que sejam mais de 4 milhões deles. Enquanto a Palestina defende a resolução da ONU de que essas pessoas têm direito de voltar para suas casas, que se encontram em territórios ocupados por Israel, o Estado judeu discorda por questões demográficas.
Os refugiados palestino que habitam esses campos sofrem todo tipo de discriminação e violência, como neste caso.
Assentamentos – tanto na Cisjordânia, quanto em Jerusalém, existem vários assentamentos judaicos construídos após a ocupação em 1967 e vistos como ilegais pelos palestinos e pela lei internacional. Estima-se que nas duas regiões existam mais de meio milhão de colonos judeus ilegalmente.
Distribuição hídrica – 80% dos recursos hídricos palestinos são controlados por Israel, uma vez que a Palestina não apresenta condições de captar água em grandes quantidades. Segundo a ANP, Israel disponibiliza apenas 22 galões para os árabes por dia, o que os palestinos consideram insuficiente, contra 70 galões para eles próprios. Tudo fica ainda mais acirrado quando lembramos que esta é uma região desértica.
#6 Agentes importantes
Alguns agentes se destacam quando tratamos dos conflitos entre Palestina e Israel. Aqui, iremos pontuar alguns deles e seus papéis para que você não erre nenhuma questão nas provas.
Hamas
O Hamas é um grupo de militantes islâmicos na Palestina. O grupo nasceu em 1987 e seu estatuto se compromete com a destruição de Israel, motivados pela ocupação de suas terras pelo Estado judeu e toda a violência causada pelos israelenses ao seu povo.
No início o grupo tinha o propósito de iniciar uma guerra armada contra Israel e oferecer programas de assistência social aos palestinos. No entanto, em 2006, o Hamas ganhou as eleições legislativas na Palestina, empregando um objetivo político e demonstrando sua força.
Nos anos 90, contrário ao acordo de paz assinado por Israel e OLP (Organização para a Libertação da Palestina), o grupo organizou atentados em ônibus e outros locais públicos. Para eles e seus apoiadores, a medida seria uma resposta às suas próprias perdas, tanto territoriais quanto populacionais.
No campo político, o Hamas foi responsável pela implementação de clínicas e escolas para o povo palestino.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, Reino Unido e outras potências.
Estados Unidos da América
É claro que você conhece o país do Tio Sam. O que você pode não saber é que ele é o principal apoio de Israel, amparando o país militar e economicamente.
O suporte entregue pelos EUA à Israel logo após a Guerra dos Seis Dias e que perdura até hoje é estratégico. Isso porque a região que habitam os judeus é favorável para que os EUA tenha acesso ao petróleo do Oriente Médio, além de poder acompanhar de perto outros países da região.
Além disso, existe a questão da indústria armamentista. Estima-se que os Estados Unidos empregue 10 milhões de pessoas no ramo, o que resulta em lucros bilionários ao país. Além do lucro, Israel possibilita que Washington venda armas a quem antes não podia: ao governo do Apartheid na África do Sul, por exemplo.
Organização para a Libertação da Palestina
A OLP é o grupo tido pela Liga Árabe como o único legítimo em defesa da Palestina. Foi criada em 1964 com a junção de vários grupos atuantes frente à resistência palestina.
Inicialmente os objetivos da organização eram a derrocada de Israel e a recuperação do território ocupado pelo Estado judeu.
Porém, nos anos 80, o primeiro propósito foi deixado de lado pela ideia de que Palestina e Israel poderiam coexistir. Em 1988, os dirigentes da OLP declararam a Palestina como país independente e concordaram que Israel também possuia direito de existência.
Sionistas
Como já vimos aqui anteriormente, o movimento sionista nasceu após a Segunda Guerra Mundial objetivando a criação de um Estado judeu para o fortalecimento do povo de Israel e o fim do antissemitismo, abundante na Alemanha nazista.
No entanto, com o passar do tempo, o sionismo tomou outro rumo. Apoiados na ideia de que o povo judeu é o escolhido e que o que ocorre em Israel e no mundo já foi pré-determinado por Deus, os sionistas classificam os palestinos como um povo de “segunda classe”, justificando os bombardeios e violência cometidos.
Evidentemente, nem todos os judeus são sionistas. Alguns deles não apoiam as violências contra os palestinos, e acreditam que o Estado de Israel não deve passar por cima de outros povos para sua manutenção.
Em 2021, novos acontecimentos
No ano de 2021, uma nova onda de violência fez os conflitos entre Palestina e Israel borbulharem. O resultado foi de centenas de mortos na Faixa de Gaza, além de mais de 1,5 mil feridos, muitos deles apenas crianças –uma vez que a média de idade dos palestinos é de 17 anos.
O caos se iniciou neste ano em 7 de maio. Na ocorrência, houve ameaça de despejo de famílias palestinas no bairro Sheikh Jarrah, na parte oriental de Jerusalém.
A desocupação seria para que novos assentamentos judaicos pudessem acontecer na região.
Como já dissemos anteriormente, esses assentamentos são considerados ilegais pela comunidade internacional porque desrespeitam a partilha realizada pela ONU, que já apontou diversas vezes a ação como “uma violação flagrante da legislação internacional“.
Israel se justifica afirmando que a atitude seria uma estratégia para defender sua integridade. Por outro lado, a Palestina acredita que essa seja uma medida para promover limpeza étnica em Sheikh Jarrah.
Justamente nos meses de abril e maio, os seguidores do Islamismo, maioria na Palestina, comemoravam o Ramadã, momento importante de piedade e autoreflexão para a religião.
Com isso, a polícia de Israel reprimiu fortemente os palestinos, utilizando gás lacrimogêneo e lançando granadas dentro da mesquita al-Aqsa, lugar sagrado para os muçulmanos.
O Hamas enviou um ultimato a Israel que retirasse suas forças da mesquita e do bairro Sheikh Jarrah, mas sem sucesso. Com isso, o grupo disparou foguetes contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv.
É importante salientar que esse caso foi apenas um que teve repercussão na mídia mundial recentemente. Isso não significa que os conflitos entre Palestina e Israel tenham cessado nos últimos anos. Pelo contrário, a disputa segue sendo um problema cotidiano na vida de israelenses e palestinos.
Chegamos a Outubro de 2023
No início de outubro desse ano, o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, rompendo o bloqueio por terra, água e ar. Este ataque inicial deixou mais de 900 israelenses mortos em cidades do sul do país. Em resposta, Israel decretou estado de guerra contra o Hamas e iniciou bombardeios à Faixa de Gaza, cercando o enclave palestino. Até o dia 11 de outubro, os ataques israelenses já haviam deixado mais de 1.100 palestinos mortos.
O ataque do Hamas pegou Israel desprevenido, expondo falhas no sistema de defesa “Domo de Ferro” e nos órgãos de inteligência israelenses. Foi considerado um ataque histórico e sem precedentes contra Israel, demonstrando a capacidade do Hamas de transpor fronteiras antes tidas como intransponíveis.
Após duas semanas de ofensivas e retaliações de ambos os lados, o conflito se intensificou, com denúncias de crimes de guerra contra israelenses e palestinos.
Em resumo, este novo capítulo do conflito israelense-palestino trouxe um ciclo de ataques, retaliações e um nível de violência não visto em anos. A busca por uma solução pacífica permanece um desafio global urgente diante do acirramento das tensões na região.
Questões de vestibular
Agora que a história dos conflitos entre Palestina e Israel estão na ponta da língua, é hora de praticar.
A seguir, separamos algumas questões do tema em vestibulares variados. Você pode conferir o gabarito ao final delas.
- Ao longo de vários períodos da história e, principalmente, durante o século XX, os judeus intensificaram sua busca e migração em prol da ocupação da região que consideram como a Terra Prometida. Mais tarde, a criação do Estado de Israel nessa área esteve entre os vários fatores que desencadearam a discórdia com os palestinos, que também habitam a região.
A busca ideológica e religiosa dos judeus pela terra que consideram ser sagrada é chamada de:
a) inversão diaspórica
b) judaísmo
c) sionismo
d) territorialização
e) intifada
- (IFBA)
“Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (…).”
FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.
Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à
a) exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
b) incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
c) construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
d) recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
e) extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.
- (FUVEST)
Dois eventos marcaram a diplomacia brasileira em relação ao Oriente Médio no início de 2019. Um deles foi o voto contra a resolução da ONU que pedia a desocupação militar das Colinas do Golã e sua devolução à Síria. Outro evento foi o anúncio de transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, mesmo não tendo sido levada adiante até setembro de 2019. Em relação a esses eventos é correto afirmar que eles representam
(A) I – uma aproximação do Brasil em relação à posição dos EUA.
II – um potencial distanciamento do Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
(B) I – um distanciamento do Brasil em relação à posição da Palestina e uma aproximação em relação ao conjunto de países árabes.
II – uma potencial aproximação do Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
(C) I – um distanciamento do Brasil em relação à posição de Israel e uma aproximação em relação aos palestinos.
II – um potencial distanciamento do Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
(D) I – um distanciamento do Brasil em relação à posição dos EUA.
II – uma potencial aproximação do Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
(E) I – uma aproximação do Brasil em relação à posição da Síria
II – um potencial distanciamento do Brasil em relação à posição da maioria dos países do Conselho de Segurança da ONU.
- (UERJ)
O conflito entre israelenses e palestinos ganhou clara configuração territorial na primeira metade do século XX, tornando-se agudo a partir de 1948 e permanecendo sem horizonte de superação em futuro próximo. Como consequência, a comunidade internacional encontra-se dividida com relação ao reconhecimento diplomático de ambos.
Apresente um argumento que justifique a posição dos países que reconhecem apenas o Estado Palestino e outro que justifique a posição norte-americana.
5. (ENEM)
Um gigante da indústria da internet, em gesto simbólico, mudou o tratamento que conferia à sua página palestina. O site de buscas alterou sua página quando acessada da Cisjordânia. Em vez de “territórios palestinos”, a empresa escreve agora “Palestina” logo abaixo do logotipo.
Bercito, D. Google muda tratamento de territórios palestinos. Folha de S. Paulo, 4 maio 2013 (adaptado).
O gesto simbólico sinalizado pela mudança no status dos territórios palestinos significa o:
(A) surgimento de um país binacional.
(B) fortalecimento de movimentos antissemitas.
(C) esvaziamento de assentamentos judaicos.
(D) reconhecimento de uma autoridade jurídica.
(E) estabelecimento de fronteiras nacionais.
- (ENEM)
A situação demográfica de Israel é muito particular. Desde 1967, a esquerda sionista afirma que Israel deveria se desfazer rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, argumentando a partir de uma lógica demográfica aparentemente inexorável. Devido à taxa de nascimento árabe ser muito mais elevada, a anexação dos territórios palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma ou duas gerações uma maioria árabe “entre o rio e o mar”. (DEMANT, P. Israel: a crise próxima. História, n. 2. jul.-dez. 2014.)
A preocupação apresentada no texto revela um aspecto da condução política desse Estado identificado ao(à)
a) abdicação da interferência militar em conflito local.
b) busca da preeminência étnica sobre o espaço nacional.
c) admissão da participação proativa em blocos regionais.
d) rompimento com os interesses geopolíticos das potências globais.
e) compromisso com as resoluções emanadas dos organismos internacionais.
7. (UFMG)
Envolvido, desde sua fundação, em conflitos na região, o Estado de Israel completou, em maio de 2008, 60 anos de existência. Considerando-se as disputas territoriais entre árabes e israelenses e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que:
(A) a Autoridade Nacional Palestina controla os territórios de Gaza e do sul do Líbano e, em 2006, com o auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Européia, garantiu a soberania sobre essas regiões.
(B) a cidade de Jerusalém, considerada sagrada por três religiões, foi ocupada por Israel em 1949, ao final da Primeira Guerra Árabe-Israelense, e, depois dos Acordos de Oslo, foi reconhecida pela ONU como capital do país.
(C) a região das colinas de Golã, rica em fontes de água e ocupada por Israel durante a Segunda Guerra Árabe-Israelense, foi devolvida à Síria em 2000, como parte dos tratados de paz firmados entre os dois países.
(D) o Governo de Israel promoveu, em 2005, a retirada de colonos judeus da faixa de Gaza, no entanto, apesar de pressões de organismos internacionais, manteve assentamentos judaicos no território da Cisjordânia.
- (ESPM)
No momento em que Israel e palestinos retomaram negociações de paz, após quase três anos de interrupção, cabe lembrar um momento referencial para essa questão. Encerrada a Segunda Guerra Mundial e sob o impacto da revelação dos horrores dos campos de concentração nazistas na Europa, na sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1947 foi aprovada a resolução no. 181 que recomendava:
(A) a confirmação mandato de ocupação britânica em toda a Palestina, onde deveriam viver como súditos britânicos tanto judeus como palestinos;
(B) a partilha da Palestina em dois Estados, um árabe e um judeu;
(C) a concessão de todo o território da Palestina para a criação de um Estado judeu;
(D) o reconhecimento do direito dos árabes muçulmanos ao território da Palestina, negando qualquer direito aos judeus;
(E) o estabelecimento de um mandato da ONU sobre o território da Palestina a partir daquela data.
GABARITO
1- C
2- D
3- A
4- Padrão de resposta segundo a UERJ:
Um dos argumentos para países que reconhecem apenas o Estado Palestino:
- Contexto étnico-cultural: grande parte desses países possui população predominantemente árabe, enxergando o povo palestino como coirmão, com quem compartilham o mesmo idioma e parte da
mesma história.
- Afinidade religiosa: esses países são, em sua absoluta maioria, muçulmanos, tais como os palestinos,
o que os aproxima da posição favorável ao reconhecimento do Estado Palestino, em oposição ao
domínio do Estado de Israel.
- Alinhamento político: as afinidades étnico-culturais das populações desses países com o povo
palestino levaram muitas dessas nações a terem se envolvido em confrontos militares com Israel a partir da segunda metade do século XX, o que contribuiu para uma polarização política de suas chancelarias quanto à questão do reconhecimento de um Estado e não do outro.
Um dos argumentos para a posição norte-americana:
- Apoio político: uma parcela da população estadunidense, denominada por alguns como direita
religiosa, considera que é dever dos E.U.A., como nação cristã, dar apoio ao Estado de Israel.
- Lobby judaico: os E.U.A. possuem uma população judia expressiva, ainda que pequena em relação ao conjunto da população do país. Parte dessa comunidade é composta por ricos empresários que
contribuem generosamente para as campanhas eleitorais norte-americanas.
- Aliança estratégica: o Estado de Israel sempre foi o mais confiável aliado dos E.U.A. em sua geopolítica no Oriente Médio, razão pela qual os israelenses contam com apoio financeiro, logístico e militar norte-americano.
5- D
6- B
7- D
8- B